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terça-feira, 2 de março de 2010

Parque de Diversão.



Domingo, no parque, presenciei algumas senas interessantes, enquanto meu filho dava uma “rodada” no trenzinho, fiquei a prestar atenção nas crianças que após saírem de um brinquedo ou outro, ficavam a chorar desesperadamente quando a mãe ou o pai diziam que era hora de ir para casa, elas, as crianças, chegavam feliz da vida, ficavam mais felizes ainda quando entravam em um brinquedo, mas aí, depois disso o que se via era à aflição dos pais.

R$ 1,50 é uma volta em um brinquedo, se você multiplicar por 3 ou 4 voltas, não tem dinheiro que chegue, sem falar que uma “brincadeira” demorava ou demora cerca de 2 a 3 minutos, aproximadamente e ainda tem a pipoca, o chilito, o algodão doce, o sorvete, ... e isso quando se tem somente uma criança, quando se tem duas tudo é dobrado, até mesmo o choro. De todos os brinquedos que nós, pais "corujas", pagamos para nossos filhos brincarem, tem um que não me convence e que por ironia, é justamente o que os meninos e meninas mais querem, ou seja, o tal de pula-pula ou cama elástica – esse último nome deve ser para nos convencer que não pagamos só pra nossos filhos ficarem pulando -, ou seja, pagamos R$ 1,50 pra nossos filhos ficarem 2 ou 3 minutos pulando, eles poderiam muito bem fazer isso em casa mesmo, mas, acredito eu, não tem graça nenhuma, é de graça, de graça não vale. É, realmente nós somos “bestas”, ainda bem que nossas crianças não sabem disso. Ou sabem?.

Os pais, coitados – inclusive eu – tentávamos a todo custo convencer as crianças a parar de chorar, usando artifícios dos mais variados possíveis, como: não tem mais dinheiro – esse não convence criança nenhuma – amanha agente volta; vamos na casa do seu amiguinho Lucas; vou comprar um (a) boneco (a) amanhã – esse era mentira -; vai chover – damos aqui uma de Nostradamus –; temos que ir pra casa, o parque vai fechar por hoje; amanhã tem mais – esse só fazia a criança aumentar o sonoro choro -.

Bom mas enfim, após muitas tentativas frustrantes, muitos pais sem mais artifício de convencimento, pois a cada tentativa parecia aumentar o choro, pegavam a criança pelo braço: vamos pra casa, você não tem querer.

Alguns pais já tomaram uma decisão muito importante, amanhã não vão passar nem perto do parque de diversão, para que o filho não veja e assim talvez, só talvez não tenha que suportar a potencia dos choros das crianças, além do mais, dinheiro que é bom, já acabou faz tempo.

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